Libertadores, o primo pobre na roda da fortuna do planeta bola
É o oitavo torneio mais valioso do mundo; Liga dos Campeões lidera com uma chuteira nas costas
Sonho de consumo de 11 de cada 10 equipes brasileiras e obsessão de um bando de loucos, a Libertadores faz jus à cobiça: é disparado o… oitavo torneio mais valioso do mundo.
Levando-se em conta o valor de cada elenco, as 32 equipes classificadas cravam um total de R$ 2,5 bilhões, R$ 370 milhões a mais que o Brasileirão, de acordo com estudo da empresa Pluri Consultoria.
A glamorosa e cobiçada conquista da América leva goleada da Liga dos Campeões (R$ 11,7 bilhões), Liga Europa (R$ 8 bi), Premier League (R$ 7,6 bi), Liga Espanhola (R$ 6 bi) e Calcio (R$ 5 bi).
Também apanha da Bundesliga (R$ 3,9 bi) e da Liga Francesa (R$ 3,2 bi). Mas pode cantar de galo sobre os Campeonatos Russo (R$ 2 bi), Turco (R$ 1,9 bi) e Português (R$ 1,8 bi). Os hermanos dançam o tango na 18ª posição (R$ 1 bi).
O estudo da consultoria indicou ainda que o valor somado dos seis representantes da pátria de chuteiras supera R$ 1,1 bilhão Santos, R$ 315 milhões; Internacional, R$ R$ 193 mi; Corinthians R$ 165 mi; Fluminense R$ 156 mi; Flamengo R$ 155 mi; e Vasco R$ 154 mi.
Bola rolando… Fluminense, uma vitória sobre o Arsenal com início alucinante e final tropeçando na bola, sob vaias no Engenhão.
Pif-Paf. Papai Joel aterrissou no ninho do urubu pela quinta vez esbanjando água de coco pelos poros e garantindo que continua, mais do que nunca, rei do Rio. Considera-se o magistral, e estamos conversados. Apresenta um currículo recheado de canecos como prova dos nove: oito títulos. E se coloca no mesmo patamar de Zagallo, Parreira, Felipão e até Anderson Silva, o campeão de MMA: É o cara, e ninguém vai contestá-lo só porque tem voz fina. Modéstia à parte…
Sugismundo Freud. A paixão é cega: lê e faz questão de não entender.
Rádio Rabiola. As negociações entre Flamengo e Traffic caminham em ritmo alucinante para suntuoso precipício. As pesquisas no urubu indicam 99,9% de fracasso e 0,1% de sucesso. A margem de erro é de 0,1%. O urubu deve assumir o salário de R$ 1,2 milhão de Ronaldinho Gaúcho, mesmo atravessando pequenas dificuldades financeiras. Havia um sopro de esperança da Amil, mas a empresa se recusou a bancar R$ 20 milhões de patrocínio.
Numerologia. A comparação entre Pelé e Neymar ganhou importantes ingredientes para uma discussão sem pé nem chuteira no botequim da esquina. O Atleta do Século marcou o centésimo gol quando tinha 17 anos, três a menos que Neymar. E atingiu 343 gols ao festejar 20 anos. Uma sonora goleada no menino de hoje.
Twitface. Aleluia! Após exaustivos treinos ao longo de meses, o rechonchudo imperador Adriano conseguiu a proeza de emagrecer… dois quilos. Pelo ótimo desempenho, ficará trancafiado no CT até domingo… para perder peso.
PAC. O Plano de Aceleração da Copa-2014 informa ao sempre desligado e esfolado contribuinte: o estádio Mané Garrincha, na ilha da fantasia, chegará à grande festa da mamãe Fifa como abre-alas do bloco da gastança. Custará ao governo do Distrito Federal mais de R$ 1 bilhão. Será o mais caro de todos. Um elefante branco de fazer inveja aos caçadores da arca perdida na Transamazônica: o popular Campeonato Brasiliense tem a excelente média de duas mil testemunhas por jogo. A Copa é deles, a conta é nossa.
Tiro curto. Barcos atracou cheio de esperança no ninho dos periquitos. El Pirata prometeu mostrar que é matador de primeira: encerrar o ano com mais de 27 gols, meta alcançada na última temporada com a camisa da LDU.
Que rei sou eu? O soberano São Paulo balança de alegria: o capitão, artilheiro e futuro cartola Rogério Ceni ficou à frente de são Marcos na eleição de melhor paredão do século 21. A Federação Internacional de História e Estatística escalou o xodó são-paulino em 13° e o ídolo palmeirense em 32°. Estaria tudo muito bem e tudo muito bom se Dida (6°) e Júlio César (8°) não pintassem na área. Buffon, da Juventus, comanda a lista.
Zapping. O show de Madonna no intervalo do Super Bowl foi acompanhado por 114 milhões de americanos. E Giants x Patriots atraiu 111,3 milhões de telespectadores, recorde de audiência.
Gilete press. De Sonia Raci, no Estadão: “Pelo menos fora das pistas, Felipe Massa anda muito bem. Deu nome a relógio Richard Mille edição limitada a cinco peças. Preço? US$ 1,65 milhão.” Uma pechincha de mercado de pulgas.
Tititi dAline. O animal Edmundo rechaçou a ideia de candidatar-se a vereador no Rio pelo PCdoB. Acha bem melhor sentar num banco de treinador.
Você sabia que… a média de público da segunda divisão alemã é de 17.125 torcedores por jogo, 2.149 a mais que no Brasileirão/2011?
Bola de ouro. Kobe Bryant. A fera do Los Angeles Lakers encestou o gigante Shaquille ONeal e se tornou o quinto maior cestinha da história da NBA, com 28.601 pontos. Kareen Abdul-Jabbar é o mão de ouro, com 38.387.
Bola de latão. Alexandre Kalil. Depois de torrar R$ 28 milhões em reforços na última temporada, o poderoso chefão do Galo mandou um recado aos coirmãos: quem não segurar o pé e amarrar a mão, vai entrar em colapso. Um gênio!
Bola de lixo. Estaduais. Pouco espetáculo e muita facada no bolso da galera.
Bola sete. “Estamos aliviados. Tiramos um peso das costas. A alegria voltou com o novo treinador” (do goleiro Felipe, lamentando a demissão do pofexô Vanderlei Luxemburgo, 80 quilos e uma tonelada de inimigos no urubu).
Dúvida pertinente. O rei do sorriso e corintiano Andrés Sanchez, diretor do Circo Brasileiro de Futebol, está certo em querer proibir cultos religiosos na amarelinha desbotada?
O que você achou?
jose.r.malia@espn.com