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Nem ‘campinho society’ peruano consegue parar Neymar & Cia.

Nem ‘campinho society’ peruano consegue parar Neymar & Cia.
por José Roberto Malia, colunista do ESPN.com.br

Bem que os peruanos do Juan Aurich tentaram dificultar ao máximo o trabalho de Neymar, Ganso e Cia.

Primeiro, apelaram para um ridículo campo de futebol society em Chiclayo, sob as bênçãos da medíocre Conmebol.

Depois, distribuíram bicudas e pontapés à vontade. Mas não adiantou. O bando de trogloditas levou chumbo. Na bola: 3 a 1.

Na verdade, o Santos só passou um pouco de sufoco até se acostumar ao gramado sintético dos jogos entre casados, solteiros e craques frustrados.

Levou um gol, porém não se desesperou. Sob a batuta do maestro Ganso, virou o jogo. E só não goleou porque diminuiu o ritmo no final. Colocou o time peruano na roda, tocando a bola de um lado para outro. Neymar ainda acertou um chute na trave.

Com o resultado, o time da Vila Belmiro chegou aos seis pontos, ao lado de Internacional e The Strongest, no grupo 1 da Libertadores – o Juan Aurich carrega a lanterna, com zero.

O time boliviano deverá ficar pelo meio do caminho mesmo se tomar um contêiner de chá de coca. Santistas e colorados distribuirão tiros no mata-mata.

No esburacado Engenhão, o Flamengo entregou de bandeja um jogo que estava ganho e que poderia servir para início de uma nova lua de mel entre a galera e Ronaldinho Gaúcho.

Depois de abrir 3 a 0, o time entrou em parafuso e permitiu o empate ao Olímpia, do Paraguai, nos últimos 15 minutos de jogo. E o que era uma ótima água de coco virou um terrível destilado de pré-sal. Apesar do voo cego, o urubu ainda lidera o grupo 2.

Luzes da ribalta. Os planos da presidenta Patrícia Amorim para o rechonchudo imperador Adriano vão muito além de um simples reforço para o ataque, que já conta com oito opções: Ronaldinho, Vagner Love, Deivid, Negueba, Thomás, Diego Maurício, Lucas e Itamar. Se entrar areia movediça, há um plano B: aproveitar o trio parada dura Ronaldinho/Love/Adriano para transformar o ninho do urubu na principal casa de pagode da Copa-2014 e Olimpíada-2016.

Twitface. É muita zica: justo agora que o Flamengo pretendia contratar Xavi e Iniesta, o governo brasileiro resolve dificultar a entrada de espanhóis no país.

Zapping. Uma semana depois de perder a briga no ibope global para Boca Juniors x Fluminense (27 pontos), o Corinthians voltou a liderar a audiência na Libertadores. O duelo contra o Cruz Azul do México rendeu 23 pontos na grande Pauliceia desvairada, congestionada e alagada, contra 19 de Libertad x Vasco, na Cidade Maravilhosa dos bueiros voadores. Na quarta passada, a plim-plim amealhou um ponto a mais com Corinthians x Nacional do Paraguai (25). Na Band, Coruripe x Palmeiras, pela Copa do Brasil, cravou quatro pontos.

Sugismundo Freud. Um coração alegre vale mais que muito remédio.

Pica-Pau. A paixão anda à flor da pele na mídia caolha. O tic-tac do coração: Luís Fabiano faz quatro gols no pobre Independente de Tucuruí e vira super-herói, candidato ao ataque da amarelinha desbotada na Copa; periquitos em revista ganham apenas de 1 a 0 do Coruripe, mas o importante mesmo é que a equipe manteve a invencibilidade; Botafogo empata com Treze, um bom resultado; fazer o segundo jogo na Copa Brasil é ótimo para manter o time em atividade. As chuteiras estão mesmo de ponta cabeça.

Tiro curto. Mulher cai em bueiro de 1,5m no Galeão. Como se vê, os preparativos para a Copa andam a mil por hora: um buraco atrás do outro.

A vida é bela. A base é tudo no planeta bola, menos na gloriosa pátria de chuteiras. Que o diga a súmula de um árbitro que foi apitar um jogo da Série B do Carioca de juniores. Com a caneta, sua senhoria Robson Pereira Martins: Por falta de pagamento das taxas, o jogo Carapebus x Artsul não foi realizado. Mas outros fatores chamaram a atenção como nenhum membro da comissão técnica do Carapebus em campo; vestiário em péssimas condições de higiene, apresentando vazamento de fezes, lixo pelo chão, água suja… Chama o sheik!

Cara ou coroa. A Inglaterra lidera o ranking das ligas mais valorizadas do planeta, com 3,3 bilhões de euros, segundo a Pluri Consultoria. O valor de mercado de cada time é de 169 milhões de euros (média). A Espanha aparece em segundo, com 2,7 bilhões (135 mil por equipe), à frente da Itália, com 2,3 bi (115 mi por time) e Alemanha, com 1,7 bi (97 mi por clube). O Brasil ocupa a sexta posição, com 960 milhões de euros (48 mi por equipe).