Atlético põe favoritismo em campo

Atlético põe favoritismo em campo
Dezessete anos depois, Furacão volta a frequentar o segundo escalão do Nacional e lida com a obrigação do retorno imediato à elite

19/05/2012 | 00:03 | GUSTAVO RIBEIRO

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O Atlético inicia na tarde de hoje a árdua caminhada para o retorno à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro diante do Joinville, na Arena Joinville, às 16h20. Bem diferente da última vez em que havia trilhado o segundo escalão do futebol brasileiro, em 1995, o Furacão entra na competição com a obrigação de, ao menos, chegar em dezembro entre os quatro primeiros colocados, selando assim a classificação para a Série A.
Entre os 20 times da Segundona, o Rubro-Negro é notadamente o primo rico. Sem a presença de nenhum gigante, a equipe paranaense parte na frente dos adversários, pelo menos no aspecto financeiro. De acordo com um estudo da Pluri Consultoria, o Atlético é dono do elenco mais caro da competição vale, ao todo, R$ 55, 5 milhões.

Fernandão faz sua estreia no ataque
O atacante Fernandão, contratado do Palmeiras, vai fazer sua estreia pelo Atlético na tarde de hoje. Ele foi confirmado pelo técnico Juan Ramón Carrasco e formará o trio de ataque com Bruno Mineiro e Ricardinho. O ex-jogador do Palmeiras tem as características que o treinador buscava. Ele é um jogador para fazer pivô e ficar de costas para a defesa, passando para os meias e pontas. Isso ele faz muito bem, comentou o técnico uruguaio.
Guerrón, que seria a principal opção pela direita, vai começar no banco de reservas. Ele ainda se recupera de uma infecção intestinal e poderá ser poupado para disputar a partida contra o Palmeiras pela Copa do Brasil, na quarta-feira.
A novidade é o retorno de Paulo Baier ao meio de campo ele não jogou contra o clube paulista na última quarta-feira. Além dele, Pablo volta ao time titular, atuando novamente na lateral direita

Sem contar que, ao lado de Goiás, Guarani e Vitória, tem contrato assinado com a Rede Globo que gira em torno de R$ 30 milhões anuais para a transmissão televisiva do Brasileirão.
Situação bastante distinta quando comparada com a realidade da última passagem atleticana pela Série B, há 17 anos. Na época nem sequer conseguia bater de frente com os grandes clubes de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A ambição era iminentemente local, duelando com Coritiba e Paraná.
De lá para cá, porém, muita coisa mudou. Um título brasileiro em 2001, um vice nacional em 2004, três participações na Libertadores da América vice em 2005 , e semifinalista da Copa Sul-Americana em 2006. Na conta, também um estádio novo, agora fechado para as obras para a Copa de 2014, e um centro de treinamento modelo.
Crescimento liderado pelo comandante atual, o presidente Mario Celso Petraglia em 1995, após uma goleada de 5 a 1 para o Coritiba, ele assumiu o clube e iniciou a reconstrução. A promessa de agora é, novamente, devolver o Rubro-Negro ao convívio com os grandes do Brasil.
Disposição que contagia também a comissão técnica. Nossa obrigação aqui no Atlético será sempre estar na parte de cima da tabela. [A Segunda Divisão] é um campeonato duro e mais difícil que a Primeira Divisão. Respeitaremos todos os adversários, mas jogaremos sempre para a frente, afirma o técnico Juan Ramón Carrasco.
Obrigação que o volante, agora zagueiro, Renan Foguinho chama para ele e para os outros jogadores forjados no CT do Caju. Com 23 anos, ele tinha apenas 6 em 1995 e nem sequer lembra do Furacão fora da Primeira Divisão. Cheguei aqui em 2004 e acredito que nós, que viemos das categorias de base, temos de resgatar e colocar o time na Primeira Divisão de novo. Temos de assumir isso e buscar o nosso principal objetivo que é subir, começando já amanhã [hoje] com uma vitória, comentou Foguinho.